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Lei sobre direito autoral (9610/98)
Capítulo IV
Das Limitações aos Direitos Autorais

Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:

III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;

sexta-feira, 29 de março de 2013

serviço militar e os primeiros cristãos


“... os verdadeiros cristãos... não interferem no que os outros fazem no que diz respeito a participarem em cerimônias patrióticas, servirem nas forças armadas, unirem-se a partidos políticos, buscarem um cargo político ou votarem. Mas eles próprios adoram unicamente a Jeová, o Deus da Bíblia; dedicaram a vida sem reserva a ele e dão pleno apoio a Seu Reino.”(Raciocínios à base das Escrituras, p. 260-261, 1985.)
O corpo governante ensina que a Bíblia diz que os cristãos não devem se envolver na política, cita trechos como Jo 17:16; 6:15; 18:36; Tg 4:4 e outros que trazem o diabo como príncipe deste mundo Jo 14:30; 16:11; deus deste mundo 2 Co 4:4



Argumento Histórico do Corpo Governante:
livro Raciocínios 69-70

Os Conhecidos Como Primitivos Cristãos. Os primitivos cristãos negavam-se a servir no exército romano, tanto nas legiões como na auxilia, considerando tal serviço totalmente incompatível com os ensinos do cristianismo.
Diz Justino, o Mártir, do segundo século EC, no seu “Diálogo com o Judeu Trífon” (CX): “Nós, que estávamos cheios de guerra, e de matança mútua, e de toda iniqüidade, transformamos cada um de nós, em toda a terra, as nossas armas guerreiras, — as nossas espadas em relhas de arado, e as nossas lanças em implementos de lavoura.” (The Ante-Nicene Fathers [Os Pais Antenicenos], Vol. I, p. 254)

 No seu tratado “A Grinalda, ou De Corona” (XI), ao considerar “se a guerra é mesmo apropriada para os cristãos”, Tertuliano (c. 200 EC) argumentou à base das Escrituras a ilegalidade até mesmo da própria vida militar, concluindo: “Proscrevo para nós a vida militar.” — The Ante-Nicene Fathers, 1957, Vol. III, pp. 99, 100.
“Uma cuidadosa análise de toda a informação disponível mostra que, até o tempo de Marco Aurélio [121-180 EC], nenhum cristão tornou-se soldado; e nenhum soldado, depois de tornar-se cristão, permanecia no serviço militar.” (The Rise of Christianity [A Ascensão do Cristianismo], de E. W. Barnes, 1947, p. 333) “Ver-se-á logo que a evidência da existência de um único soldado cristão entre 60 e cerca de 165 A.D. é extremamente insignificante; . . . até o reinado de Marco Aurélio, pelo menos, nenhum cristão se tornava soldado após seu batismo.” (The Early Church and the World [A Igreja Primitiva e o Mundo], de C. J. Cadoux, 1955, pp. 275, 276)
“No segundo século, o cristianismo . . . tinha afirmado a incompatibilidade do serviço militar com o cristianismo.” (A Short History of Rome [Breve História de Roma], de G. Ferrero e C. Barbagallo, 1919, p. 382)
“O comportamento dos cristãos era muito diferente daquele dos romanos. . . . Visto que Cristo havia pregado a paz, recusavam-se a tornar-se soldados.” (Our World Through the Ages [Nosso Mundo no Decurso das Eras], de N. Platt e M. J. Drummond, 1961, p. 125) “Os primitivos cristãos pensavam ser errado lutar, e não serviam no exército mesmo quando o Império precisava de soldados.” (The New World’s Foundations in the Old [Os Alicerces do Novo Mundo se Acham no Antigo], de R. e W. M. West, 1929, p. 131)
 “Os cristãos . . . evitavam cargos públicos e o serviço militar.” (“Perseguição dos Cristãos na Gália, A.D. 177”, de F. P. G. Guizot, em The Great Events by Famous Historians [Os Grandes Eventos Contados por Historiadores Famosos], editado por R. Johnson, 1905, Vol. III, p. 246)
 “Ao passo que eles [os cristãos] inculcavam as máximas da obediência passiva, recusavam-se a tomar qualquer parte ativa na administração civil ou na defesa militar do império. . . . Era impossível que os cristãos, sem renunciarem a um dever mais sagrado, pudessem assumir o caráter de soldados, de magistrados ou de príncipes.” — The Decline and Fall of the Roman Empire (O Declínio e a Queda do Império Romano), de Edward Gibbon, Vol. I, p. 416.

Refutação Histórica:

Algumas das citações cima na verdade são imprecisas, pois:
1-não menciona por exemplo o fato de Tertuliano achar normal a presença de cristãos no exército e depois mudar de opinião!!
2-alguns cristãos de fato recusavam-se a se tornar soldados e não todos. Tertuliano e Orígenes eram casos isolados de pais da igreja. 
3- não se tem evidencia alguma que os crsitãos abandonavam o exercito. Essas fontes contradizem outras abaixo e contrariam os textos do Novo testamento:

"no primeiro século este último não fosse motivo de preocupação. Naquele tempo, os cidadãos raramente serviam o exército; soldados eram mercenários, geralmente vindos de províncias limítrofes.." (Explorando do mundo do Novo Testamento, Editora Atos, p. 114) Assim de fato havia poucos cristãos no 1º século.

"Foi apenas posteriormente ao primeiro século da nossa era que os homens tais como Tertuliano e Orígenes mantiveram que a profissão de armas e a fé cristã eram incompatíveis (DAC, II, 656)" (O Novo Dicionário da Bíblia, edição em 1 volume , Editora Vida Nova,p. 687)

"O serviço militar nunca é uma coisa que é condenada em si mesma no Novo Testamento...Quando os soldados vieram até João Batista, este não ordenou a abandonarem a sua profissão. Pelo contrário disse: A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa, e contentai-vos com o vosso soldo Lc 3:14" (Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Editora Vida Nova, p.937)


Tertuliano[160-220] escrevendo (Apologia 42) no fim do séc. II, assinala a presença dos cristãos na vida social: ‘Nós cristãos, não vivemos à margem do mundo; freqüentamos, como, vós, o forum, os banhos, as oficinas, as lojas, os mercados, as praças públicas; nós exercemos a profissão de marinheiro, soldado, agricultor, comerciante; nós colocamos a vosso serviço nosso trabalho e nossa indústria”

Eusébio [264-340] narra-nos que, no início da perseguição de Diocleciano [reinou de 284-305], uma pequena cidade da Frígia era toda cristã, inclusive toda a magistratura municipal... 
De Séptímio Severo[193-211] a Diocleciano, encontramos, freqüentemente, cristãos exercendo cargos no palácio imperial. 
Segundo Eusébio, personagens importantes da corte de Diocleciano e membros da alta magistratura eram cristãos e, por um ato de boa vontade imperial, estavam dispensados da assistência às cerimônias pagãs..
Os numerosos soldados mártires da época pré-constantiniana atestam que, de um modo geral, a profissão militar não foi considerada incompatível com a religião cristã....É verdade que Tertuliano (De Corona militis e De Idolatria), anos depois de observar com entusiasmo que os cristãos exerciam a profissão de soldado, pregou a incompatibilidade entre o serviço militar e o Cristianismo, Orígenes escreveu também no mesmo sentido. Embora tais considerações tivessem tido certa repercussão entre numerosos espíritos, a maioria de cristãos continuou a considerar lícita a carreira militar. Tertuliano e Orígenes representavam uma corrente isolada e não o pensamento coletivo e dominante da igreja,...
O bom senso popular resistiu a essas teorias ou as ignorou, pois os cristãos continuaram, mais ou menos numerosos, a servir nos exércitos e outros pensadores cristãos ilustres, como Clemente de Alexandria, o próprio mestre de Orígenes, sancionaram explicitamente a compatibilidade da profissão do Cristianismo com a profissão militar e com todas as outras,..
.Os soldados cristãos eram numerosos na época da perseguição de Décio[reinou de 249-251] e Valeriano[reinou de 253-260]. No período de paz inaugurado por Galeno esse número aumentou consideravelmente. 
E na época da tetrarquia, contavam-se inúmeros soldados cristãos nas forças armadas dos quatro imperadores. ‘Não somente Diocleciano [284-305] e Constâncio, favoráveis à sua religião, mas Maximiano Hércules e Galério, aceitavam sua presença, não lhes exigindo ato algum de idolatria.’ Lembremos que a perseguição inspirada por Galério começou com a eliminação dos soldados cristãos.( História de Roma, 1981, Ed. Vozes p. 359-361)

Quanto a citação de Justino Mártir ele simplesmente está mostrando que quando um crsitão se converte ele abandona a violencia!!! A citação em si não prova que ele era contra o serviço militar


Refutação Bíblica.              
  •   A Bíblia realmente ensina que a humanidade “está sob o poder do malígno” I Jo 5:10 NVI, pois vivem sob o pecado Jo 8:34-44; contudo os cristãos autênticos não estão mais sob o poder de Satanás Ef 2:1-8; I Jo 5:18. 
  • Satanás só atua naqueles que não se converteram, portanto não é incompatível um cristão ser político ou votar, antes a Bíblia ensina a orarmos por aqueles que estão investidos de autoridade 2 Tm 2:1-2 “para que tenhamos uma vida tranqüila e pacífica, com toda piedade e dignidade”, no verso seguinte Paulo diz que para que isto aconteça, tais “homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” NVI
  • José era primeiro ministro no Egito Gn 41:41-44 e também Daniel no império Babilônico Dn 2:48; 5:29 e Persa Dn 6:2 exerceu cargos políticos sem se corromper.
  •  Não se vê na Bíblia nenhuma ordem dada à pessoas ligadas à política [cargos públicos], ou à polícia no sentido de abandonarem seus cargos: Lc 3:12-14; At 10:34-36; 16:31-36; Mt 8:5-13; Rm 16:23; Fl 4:22; Lc1:3 [o pronome ‘excelentíssimo’ era usado para autoridades superiores At 23:26; 24:3; 26:25].


Quanto a questão da guerra ver "o cristão e a guerra" 

http://testemunhasdejeovarefutadas.blogspot.com.br/2013/03/o-cristao-guerra-e-pena-de-morte.html

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